quarta-feira, 7 de julho de 2010

Magestosa

"Se eu lhe contar por onde andei....e nada clareou, e a saudade bateu, e no peito ficou!
Mesmo passando por despercebido ou mesmo esquecido, o amor que sinto pela minha matriz,e sua essência chega-me à mente todos os dias, sem excepção!
Ter uma mãe como a minha, mulher, senhora do meu destino, comandante dos meus sonhos, impulsionadora dos meus descobrimentos, colo dos meus feitos, bons ou maus, aí estão eles, e assim sou eu, e assim sofres tu, sofre pai e irmã, e a nau continua, e não pára,. porque o tempo jamais pára, e fazem vinte anos hoje que a lenda se foi!
Perdido o foco, retomo-o, vangloriando mais uma vez a amiga que o Universo me deu.
Mãe, das mais belas palavras e gestos, cabem-te a ti uns bons milhares, não só os que acompanharam a nossa ceia regada de azeite, de vermelha carne, entre os verdes e as coloridas, mas todas aquelas que me recordo com ternura e já saudade desde da minha mais dependente existência, e olha que ainda não partiste para o continente perdido! Tudo fica mais claro e mais simples com a tua presença, tudo é saudável, amistoso, puro e mais do que isso, genuíno!
Queria-me tão forte e determinada como tu, queria-me um fio de cabelo de ideal que és, queria-me feita e regrada, mesmo dentro de toda esta desordem de pensamentos e desrotinas que comandam esta vida de louca e alienada de tudo o que é normal, faz parte da conduta de qualquer cidadão que pretende alcançar alguma finalidade, alguma regra!
E das minhas carências faço glorias, e dos meus amigos faço heróis, e da minha desmaterialização faço ideologia, das horas perdidas entre cigarros, álcool e depressões assento a minha vida!
e contigo minha mãe amada, minha raíz, consigo por pequenos instantes de final de conversa entre garfadas, soluços e lágrimas entender que mesmo dentro de toda a desorganização, apesar da determinação e vontade de vencer, existe sempre uma coisa que em suma Jamais me poderei esquecer, DE MIM!
Amar-te é e será sempre pouco para definir o tamanho de tudo aquilo que nutro e brota em mim por te saber ser deste mundo, por ser ser do teu ser, por seres minha mãe!
Contudo, e de todo sendo pouco, arrisco-me a dizer que te amo, com todas as minhas energias, e que ainda não inventaram palavra para definir o quanto te venero!

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