segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Cruzes, credo!"


Acho pouco...muito pouco o que quero dizer...
Penso muito, muito mais do que consigo escrever...
penso, e penso e volto a pensar até me perder no meio de todos esses pensamentos que me atropelam a visão, deixando-a embassada, perdida, longe, num bairro comum onde me deparei hoje, sentada no chão da entrada de uma loja, toda torta a roer as unhas, a babar a mão, e com a cabeça tão desfragmentada como pedaços de merda a boiarem na aguá ao longo da costa. Facto é, que já ninguém se questiona, merda por merda que esteja na aguá, que vá para longe, quanto mais longe de nós, melhor.Queremo-nos sempre afastados da desgraça alheia, apenas nos aproximamos para satisfazer o mórbido desejo de, na desgraça dos outros descarregarmos um pouco toda a repressão e instinto animalesco reprimido por uma sociedade dita democrática que nos fode todos os dias com as balelas da busca pela civilização perfeita. "Como matar alguém perfeitamente?""como roubar perfeitamente?""Como enganar perfeitamente?" "como eludir perfeitamente?" e assim perfeitamente entra a igreja Católica com a promessa do céu para os fiéis, procurando desta forma ter um perfeito controle sobre todos esses perfeitos e imperfeitos dejectos que somos!Ando cansada de viver numa ilha isolada do mundo em que a capital se chama coração e a razão me mantém num constante inferno!

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