(Diz) virginando aMar drugada
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Retalhos do retalho que sou!
Como me sinto?
apática, a apatia brinca comigo volta e meia, volta e meia andamos por ai de mãos dadas, hoje sangra tanto que a cada segundo morro de falta de fé, falta de chão, falta-me força, falta-me família, falto-me eu, no requisito de boa mãe já cansei de ser sexy!
morrem todas as flores, todos os dias, secam-se as músicas, o tempo parou e só e~u escuto as horas que me restam só, no meu emaranhado de cordas e cordoes, putas mal paridas e nódoas negras no peito. amaldiçoar todas as preces bem vindas é pouco, hoje a solidão trancou-me em casa e o desespero toma conta de tudo aquilo que acredito de mulher, que sou, que fui, que um dia ambicionei ser.
Confronto-me com os meus maiores temores e encontro-me entre a corda, a cadeira e o chão.Parar é pouco pra quem estagnou no engano de ser feliz, parar é pouco pra quem ousou ser alegre, parar é pouco pra quem nunca andou, parar é apenas o final de tudo aquilo que nunca andou!
e morrem todas as flores, matei-as sem do nem piedade, matei também a mata que habitava em mim, todos os que ousaram entrar no meu delírio JAMAIS tiveram a dignidade de me acompanhar. propaguei e lutei pelo impossível, pelo unilateral, pela unidade, pelo caralho do ouro no dedo, pelos meus pecados capitais e na gula me encontro, e nas varizes me deleito e nos teus olhos vejo tudo aquilo que nunca tive.
e nos olhos de todas elas vejo um amor que, por falta de sorte ou excesso de zelo me perdi.
conto-te histórias das mais coloquiais para tentar dormir, e clareio a noite sem ao menos entender que nessas mesmas histórias se repetem os mesmos finais, e a tragédia mora em mim, e o meu lar desligou o ar, a luz, a agua e o sal.
sem sal, insípida, sem cheiro, inodoravante considero-me um ser abolido da sociedade brasileira, um bicho solta, solta nao, largada, tão sem dono, que por vezes é extremamente assustador.
em cada batucada de Chico, afundo os pulsos, em cada pesadelo deposito tudo o que de mim resta, e resta apenas o pó, a dor, a pura tristeza....o final da luz no fundo do túnel...e no desalento me afogo e não peço socorro, pois sei que ninguém me vai socorrer, e assim entrego os pontos.
bem vinda à terra dos rejeitados, bem vinda à terra dos rejeitados, bem vinda à terra dos rejeitados, bem vinda à santa terra dos rejeitados, e por detrás de uma bela maquinagem há sempre uma mulher destroçada, detestada e esquecida...esquecida...tao esquecida...lembraste? pois nao....
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Toquei-me!
Pára meu, dizer que sofre, que dói, que já não dá, é pouco, muito pouco.
Assumir a merda em que a nossa vida está é o mínimo, tomar alguma decisão aí sim é o cerne da questão.
.... hoje ao subir a brigadeiro com o coração a saltar pela goela e a cabeça a mil, pelas palavras sobre tudo, tanto, e tão pouco, senti-me por momentos pronta para explodir, mas nada dramático, tudo saudável, tão saudável que o peito silencioso de lágrimas abriu um sorriso, passou pelas luzes da cidade e foi acariciado até pelos mais tarados e maníacos e sentiu-se seguro.
Não vou dizer que "já sei olhar o rio por onde a vida passa, sem me precipitar e nem perder a hora.." até porque confundir chuva com precipitação é erro não só metereológico como consolo psicótico para se fingir bem...apenas sei que caminho em busca da minha paixão por mim, e loucamente minha, sabendo que tenho o mundo nas minhas mãos, basta só observa-las ,ver-me, e de manhã quando fitar meus olhos no espelho, vou achar-me sinceramente mulher.
para ti, que cheiras...mas só cangotes, um beijo enorme!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
27 de Outubro
Flor bela - espanca, agride, não mata, vai moendo, vai ardendo, vai sufocando, vai destruindo.
Flor bela ilude, engana, maltrata, imagina, idealiza e sofre.
Mas sabendo de tudo isto, a bela flor sempre nos encanta, e a beleza que é tão relativa?
E de toda essa beleza sobra olhar o céu e vê-lo tão imenso quanto as possibilidades de concretizar.
São Paulo, 02:44,garganta toda fudida, seca, inflamada, insónia, céu no ouvido "Grains de beauté".
E à espera do caminho para casa revejo a minha vida na minha memória bastante danificada, mas minha.
Entre Luanda, Lisboa e Sampa, perdem-se os amigos e amores de vista, perdem-se as saudades, perdem-se as promessas, juras eternas, perdem-se contactos, perde-se a vergonha, a noção de felicidade, a noção de tempo, perdem-se também os contactos e os bafinhos, os olhos...quantos olhares, quantas verdades, quantas!
Sem terra, sem casa, sem colo, sem carinho, sem a minha língua, sem, só só, e assim vai, e os anos passam e continuo a carregar as minhas ideologias, e afirmo sem tirar nem pôr que amor é lindo!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
"Digam que ela voltou!"
Amadurecer a dor nunca foi o meu forte.
Usá-la como criação só mesmo no auge da sua facada no peito.
e de tudo o que quero escrever, apenas me vem com mais sabor a liberdade extrema que anda comigo de mãos dadas!
saber-te o sabor, é reviver passados tão futuros, de presentes tão passados.
Ser, ser ,ser , ser e ser eu, só eu, muito eu, e fodasse tudo o resto que me prendia,que eu me maltratava.
O livre arbítrio e a liberdade andam de mãos dadas, mas nem sempre nos lembramos disso.
nem sempre as nossas escolhas coincidem com a nossa extrema liberdade.
Acredito na liberdade dentro do meu amor por alguém, acredito só que já me tinha esquecido que é possível ser livre e ser de alguém.
e o machismo e a ignorância ocuparam apenas 7 meses de um amor que idealizei grandioso e livre.
Aprendizado, puro e caliente aprendizado, e dele não me queixo, e dele não me vangloriu, dele tenho noção , dele aceito, dele...
e o processo ainda agora saiu da coxia, e eu já disserto sobre ele e suas propagações.
olho-me ao espelho, e vejo-me linda, sem bâton vermelho,ou olhos borrados, mas uma menina mulher, que saiu do pós-dramático em que se meteu, ainda com ramelas nos olhos, se sente sensata e tranquila.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Garoto
Entre o cacau, o amendoim e o leite em pó integral, afogo todas as minhas ansiedades e angustias.
os dias fazem-se escuros e neles a minha beleza vai-se esvaindo como se líquida fosse. Sem especificar, apenas sei-me meio desistente de tudo isto , fracassada pelos medos, derrotada pelas desilusões, traída por todo o amor, entre as espadas e as paredes ando-me zombi pelas ruas, ando-me de olhos no chão e cabelo desgrenhado , seco, sem brilho, mas o peito aumenta, sinto-me desidratada, de vitanimas so tenho o pedaço de anánas que comi de manha.
Acredito que mais vale viver numa constante depressão, do que ter altos e baixos, Tao altos e Tao baixos que não é possível exemplificar com gráficos, ou estorinhas da bela adormecida e do príncipe encantado.
Funções que roçam o mais ínfimo segredo do homem, nas suas entranhas, a sua mais crua e dura essência, aquela coisa feia que todos temos, mas que apenas nos matemos pela aparência.
Sim, porque cativar e ser amada por todos, é um grande mérito...."Conversa de merda", cativo-me a mim e tenho de me amar por conta própria, hoje em dia já ninguém quer saber de nada nem de ninguém, e se eu morrer amanha, vou ser só mais uma noticia de um jornal sensacionalista "Gringa morta em apartamento no centro!", isto é, se for render algum dinheiro essa matéria.
e desta vida não se leva nada, ao menos os garotos de chocolate redem alguma felicidade!
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Quinta feira 7
Café com leite, pão com peito de peru, conversa matinal agradável, tangerina, pé dormente.
Praça da Sé, mendigos, loucos e maníacos, tarados e esquizofrénicos, o homem que contava ao policia " minha mãe é uma vagabunda que tentou dar o golpe da barriga em meu pai, e meu tio um grande estuprador, pedófilo, e eu tentei enforcar os dois mas não deu certo..." poupa tempo, falta de civismo, assédio, tristeza, medo, calor e a presença de tudo e todos.
Mãe no metro com o filho doente, com tubos enfiados na garganta, para a hemodialíse, lágrimas a escorrerem pela sua alma, passageiros curiosos e fofoqueiros, e sem me aperceber já me derretia em lágrimas, que rapidamente engoli, pois senti insultuosas perto do sofrimento da pobre ma~e, que anda de hospital em hospital há 13 anos, nessa vida-a-vida.
Apetite 0, os espelhos hoje estão todos partidos aqui em casa, não para dar azar mas para não me ver tão cedo nem tarde, hoje o ap aparenta estar gigante, e eu estou aqui no canto do sofá amarelo, entregue aos bichos, às pragas, às mágoas, onde a minha alma se derrete em lágrimas como se de açucar se tratasse.
Hoje sinto-me o ser mais solitário do mundo, e no meio do segundo turno das eleições, do desaparecimento de 547 brasileiros por dia, da falta de sexo entre os casais de meia idade, encontro-me eu, isolada do mundo, neste cantinho do meu mundo que se chama solidão!
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