quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quinta feira 7


Café com leite, pão com peito de peru, conversa matinal agradável, tangerina, pé dormente.
Praça da Sé, mendigos, loucos e maníacos, tarados e esquizofrénicos, o homem que contava ao policia " minha mãe é uma vagabunda que tentou dar o golpe da barriga em meu pai, e meu tio um grande estuprador, pedófilo, e eu tentei enforcar os dois mas não deu certo..." poupa tempo, falta de civismo, assédio, tristeza, medo, calor e a presença de tudo e todos.
Mãe no metro com o filho doente, com tubos enfiados na garganta, para a hemodialíse, lágrimas a escorrerem pela sua alma, passageiros curiosos e fofoqueiros, e sem me aperceber já me derretia em lágrimas, que rapidamente engoli, pois senti insultuosas perto do sofrimento da pobre ma~e, que anda de hospital em hospital há 13 anos, nessa vida-a-vida.
Apetite 0, os espelhos hoje estão todos partidos aqui em casa, não para dar azar mas para não me ver tão cedo nem tarde, hoje o ap aparenta estar gigante, e eu estou aqui no canto do sofá amarelo, entregue aos bichos, às pragas, às mágoas, onde a minha alma se derrete em lágrimas como se de açucar se tratasse.
Hoje sinto-me o ser mais solitário do mundo, e no meio do segundo turno das eleições, do desaparecimento de 547 brasileiros por dia, da falta de sexo entre os casais de meia idade, encontro-me eu, isolada do mundo, neste cantinho do meu mundo que se chama solidão!

1 comentário:

  1. Opa Tudo bem ?
    Dando uma visita (espero retribuicao rs) :D
    Muito bom seu Texto .

    Abraço .

    www.murillojapa.blogspot.com/

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